Vamos falar sobre pessoas - Meu irmão

Decidi escrever mais alguns posts sobre pessoas importantes pra mim. Pode ser que elas nunca visitem o blog, nem saibam sobre ele... de qualquer forma, escreverei.

Tenho sentido essa vontade de falar sobre pessoas e acho que isso acontece porque quando falo do outro aprendo sobre ele, como ele me faz sentir e também me conheço melhor. 

O outro é um espelho, me mostra coisas que não consigo ver sozinha e me ajuda a contar minha própria história, já diria Freud: "Quando Pedro me fala sobre Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo". E existe coisa mais gostosa do que escrever nossa história?

Hoje quero falar sobre o Gusta (Gustavo), meu único irmão/ o caçulinha/ preferidinho dos meus pais (hahaha).


Vamos lá!

Quando eu era criança, minha mãe trabalhava muito e nem sempre conseguia sair de férias comigo e com o meu pai, por isso desde muito cedo eu sempre viajei com ele pra Minas Gerais, pra visitar a família de lá.

Em uma dessas nossas viagens, bem na rodoviária, meu pai disse que quando voltássemos pra São Paulo eu teria uma surpresa... Meu coração foi a mil, só conseguia pensar que meus pais me surpreenderiam com a boneca dos meus sonhos na época: a leva-nenê.


Olha ela aí

Mas como vocês podem imaginar, não foi bem isso que aconteceu...rs Quando cheguei em SP recebi a notícia bombástica que no auge dos meus 9/ 10 anos o meu reinado na vida dos meus pais e avós acabaria, pelo menos foi o que eu entendi na época. Obviamente eu fiquei em choque. Exigi paciência e paz de espírito de todos ao redor. Fiz terapia e só chorava... deve ter sido um caos! (Desculpa aí, família!)

Bom, os 09 meses passaram e num belo dia eu acordei e meus pais não estavam em casa. Minha avó, que ficou lá comigo, me explicou que eles estavam no hospital esperando meu irmão nascer... E, desde 09/09/1999 (sim, muitos noves...rs), eu tenho um irmão pra chamar de meu.

Não sei exatamente quando comecei a enxergar aquele menininho cheio de dobrinhas, com as bochechas mais gordinhas do mundo e muito fofo do jeito que eu enxergo hoje, só sei que esse tal de amor de irmão é um negócio sensacional.

Não tenho filhos, mas olha, se o amor foi parecido com o amor de irmão, deve ser algo maravilhoso mesmo. Hoje são raras as vezes que eu paro pra pensar no Gusta e não sinto vontade de chorar. É um sentimento puro e verdadeiro. Uma vontade de cuidar, de ajudar, de ver a pessoa feliz e realizada que eu mal consigo explicar. Sério mesmo, juro que me sinto assim.

Hoje eu penso que se um dia, daqui milhares de anos, eu não tiver meus pais por perto, eu terei meu irmão. Um pedacinho meu, um pedacinho do meu pai, um pedacinho da minha mãe, e tudo junto numa embalagem linda, viu? (Sou do tipo babona, confesso...rs)

Fala se não era o formando mais lindo...


Logo que ele nasceu a nossa diferença de idade parecia um abismo de tão grande, mas isso nunca foi problema. Lembro das mordidas que ele me dava e o quanto eu chorava...rs Lembro das brincadeiras de esconde esconde dentro do apartamento. Lembro quando ganhamos nossa cachorrinha, depois de insistirmos muito.  Lembro das nossas idas e vindas na perua escola (juntos ou quase sempre juntos... uma vez esqueci o menino na escola, tadinho...rs). Lembro das nossas tardes assistindo os filmes do Senhor dos Anéis na sequência deitadinhos nos sofás da sala. Lembro da época que ele assistia vários documentários sobre animais e queria me contar tudo. Lembro do vício dele por dinossauros e dos joguinhos de vídeo-game que ele ama até hoje... Lembro de muita coisa, e olha... eu não sou muito boa de memória, viu?

O quero dizer é que o meu irmão é uma parte da minha vida que eu sempre terei orgulho de lembrar. Ele é um menino muito especial. Todo quietinho, na dele, inteligente, emburradinho, preguiçoso (acho que é de família! rs), engraçado e por aí vai.

Com toda certeza minha vida seria diferente sem ele e não faço a mínima questão de pensar nisso. Hoje eu só sei que ele foi e sempre será o melhor presente que meus pais poderiam me dar.

Gu, te amo!

Olha o tamanho do bebê...kkk


Nós e a Nininha

Um abraço, 
P!






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